AÇÕES E TRANSFORMAÇÃO DA CULTURA INSTITUCIONAL A PARTIR DO PROJETO DE EXTENSÃO ANTI-TROTE – REFLEXÕES SOBRE TROTE E OUTRAS VIOLÊNCIAS ESCOLARES
Palavras-chave:
Trotes. Bullying. Violência. Minorias.Resumo
Evitar a não repetição de trotes caracterizados por crueldade física, moral e psicológica, como já ocorreu no Colégio Agrícola de Uberlândia na década de 1980 (atual Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Campus Uberlândia) e também estimular reflexões sobre violência, bem como propiciar ações formativas acerca da violência/preconceitos contra minorias sociais foram os objetivos do projeto de extensão Anti-trote. No presente trabalho, relataremos a experiência decorrente desse projeto de extensão. Os aportes teóricos foram a Teoria Crítica e estudos sobre Psicanálise e a Teoria Analítica de Jung. O projeto de extensão versou sobre dois eixos temáticos: 1. Trote e bullying – preconceitos de racismo, machismo, homofobia. 2. Violência e preconceitos com indivíduos com transtornos psíquicos. A metodologia de execução consistiu em pesquisa participante, rodas de conversas, minicursos, oficinas, tendo parceria com outro projeto de extensão na área de Artes, coordenado pela professora Márcia Maria de Sousa. Os participantes foram 90 indivíduos, sendo 80 estudantes, 5 servidores e 5 professores. Os resultados foram constatação de menor nível de trotes e de bullying entre estudantes, discussão e uso mais adequado de terminologias que não incitam violência, envolvimento de maior número de membros da comunidade escolar com o projeto. Os estudos sobre a Reforma Psiquiátrica, promoveram a prevenção em saúde mental e a visibilidade de estudantes com transtornos psíquicos que “sofriam em silêncio” nos ambientes escolares. Autoconhecimento, empatia e reflexão sobre preconceitos foram estimulados, promovendo a inclusão de indivíduos diferentes no contexto acadêmico.