INFLUÊNCIA DA MASTITE NA REPRODUÇÃO DE VACAS GIROLANDO
Resumo
Neste estudo foram utilizados dados de 208 lactações de vacas da raça girolando. Objetivou-se avaliar o número de prenhezes de acordo com a presença ou não de mastite subclínica, idade, ordem de parto, dias em lactação, lactação total e número de inseminações. Os dados foram coletados nos anos compreendidos entre 2012 e 2015, no setor de bovinocultura do IFTM – Campus Uberaba. O método de diagnóstico de mastite subclínica foi o CMT que era realizado a cada 15 dias. Para se avaliar a probabilidade dos animais estarem com mastite ou não e ainda se há correlação com taxa de prenhez, foi utilizada a análise estatística baseada no modelo de regressão logística denominado OR (Odds Ratio). As taxas de prenhez foram de 50% para vacas negativas (N) para o CMT, 56,41% para vacas com mastite em um teto (S1), 36% para vacas com mastite em 2 tetos (S2), 31,25% para animais com mastite em 3 tetos (S3) e 35,29% para animais que tinham mastite em 4 tetos (S4). O número de doses na inseminação artificial (IAs) para concepção foi menor em N (1,33) do que em vacas S1 (2,05), S2 (2,23), S3 (1,67) e S4 (2,44). Concluiu-se que a mastite subclínica teve interferência direta na reprodução de vacas da raça girolando, diminuindo o número de prenhez, aumentando o número de dias à primeira inseminação e aumentando a quantidade de IAs para concepção de vacas girolando.
Palavras-chave: Infecção, fertilidade, CMT, bovinas leiteiras.
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