CLONAGEM DE PORTA-ENXERTOS DE PESSEGUEIRO POR MEIO DE MINIESTAQUIA EM SISTEMAS DE CULTIVO SEM SOLO
Palavras-chave:
Prunus persica, Propagação, Solução Nutritiva, Macronutrientes, Micronutrientes.Resumo
A propagação vegetativa comercial de mudas de pessegueiro por estaquia no Brasil tem sido limitada por alguns fatores, como a falta de técnicas apropriadas de manejo do ambiente de propagação, além da dificuldade no manejo da nutrição e da sobrevivência das estacas pós-enraizamento. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o crescimento e a sobrevivência de porta-enxertos de pessegueiro clonados através da miniestaquia em sistemas semi-hidropônicos e NFT (Nutrient Film Technique). O trabalho foi conduzido em casa de vegetação com temperatura de 25 ± 2ºC e estufa agrícola localizadas no Campo Didático e Experimental do Departamento de Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Universidade Federal de Pelotas (UFPel/RS), no período de novembro de 2010 a maio de 2011. O material vegetal utilizado para o enraizamento de miniestacas clonais de pessegueiro foi obtido de ramos herbáceos de porta-enxertos de pessegueiro das cultivares Okinawa, Flordaguard e Capdeboscq. A cultivar Capdeboscq apresentou maior porcentagem de sobrevivência em sistema semi-hidropônico. Ao prazo de 90 dias após o transplantio para os sistemas de cultivo sem solo, os porta-enxertos apresentaram diâmetro iguais e/ou superiores a 4 mm adequado para a realização da enxertia. Os teores foliares de macronutrientes e micronutrientes do pessegueiro Capdeboscq seguiram uma ordem decrescente, N>K>Ca>Mg>P>S e Fe>Mn> Zn>Cu em função da solução nutritiva proposta. A maior produção de massa fresca e seca da parte aérea foi obtida pelo sistema semi-hidropônico para o porta-enxerto da cultivar Capdeboscq.
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