Toxicidade de fungicidas utilizados na produção integrada de citros sobre o ácaro predador Euseius concordis chant (Mesostigmata: Phytoseiidae)
DOI:
https://doi.org/10.46921/rict2022-1128Palavras-chave:
Ácaros predadores, Citros, Controle químico, Densidade populacional, Efeitos subletais, Fungos fitopatogênicosResumo
Os pomares cítricos brasileiros são acometidos por um relevante número de fungos fitopatogênicos que, se não controlados, geram uma grande redução na produção de frutos. O controle dos fungos causadores de doença é feito basicamente com uso de fungicidas, inorgânicos e orgânicos, que podem afetar negativamente a população de ácaros predadores na área. Dessa forma, o estudo visou avaliar os fungicidas recomendados para a produção integrada de citros (PICitros) quanto ao efeito letal sobre ovos, larvas e adultos e subletais sobre adultos do ácaro predador Euseius concordis Chant (Mesostigmata: Phytoseiidae), assim como a persistência do efeito letal dos produtos mais nocivos aos adultos deste predador em testes de semi-campo, além de estimar os parâmetros de tabela de vida da progênie (efeito transgeracional) deste ácaro predador. Os resultados permitiram identificar que os fungicidas avaliados apresentaram baixa toxicidade ao ácaro predador E. concordis. Os fungicidas difenoconozal, piraclostrobina e trifloxistrobina + tebuconazol foram considerados de vida curta e o hidróxido de cobre como levemente persistente, por ter causado mortalidade de 46% até 7 dias após a pulverização. Nas avaliações dos efeitos transgeraconais, observou-se que o fungicida hidróxido de cobre aumentou significativamente o período embrionário e reduziu o tempo de vida de adultos (fêmea e macho), o período de oviposição e a fecundidade, além de interferir negativamente na taxa líquida de reprodução (Ro), taxa intrínseca de aumento (rm) e na razão finita de aumento (λ) estimados da progênie, podendo indicar que este fungicida deve ser usado com critérios em um programa de manejo integrado de pragas nos pomares de citros.
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