Quimeras Antropofágicas: O Corpo Negro nas Experimentações Artísticas do Projeto Etnografias do Olhar

Resumo

O presente texto busca construir reflexões no campo da arte-educação na perspectiva de conferir visibilidade às produções artísticas e pedagógicas em processo continuados que se justificam pela relevância de se estabelecerem como metodologias de formação diversificadas para estudantes e docentes frente às novas perspectivas da educação contemporânea. Nesse sentido o Projeto de Extensão Etnografias do Olhar: Poéticas Contemporâneas por Dispositivos Fotográficos, registrado na Coordenação de Extensão do Campus Uberlândia Centro sob o n. 1642018 é o desdobramento da pesquisa artística na linguagem das visualidades iniciada no ano de 2015 com estudantes do ensino médio e que em 2016 se institucionalizou com o Projeto Cartografias do Olhar. Com amplo reconhecimento institucional o projeto revelou o egresso do curso Técnico Integrado em Administração Breno Motta Alves como potente artista visual, atualmente estudante do Curso de Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Em 2018 o projeto foi continuado pelos estudantes bolsistas Julia Caroline Dias e Kaio Bernardino Cerutti sendo que é sobre a produção técnica/poética desse que trata esse texto. Nesse processo destacam-se 1) - A Oficina “A caixa de fotos” e 1ª vivência fotográfica” com o 36° BIMec Batalhão Mecanizado de Uberlândia; 2) - a produção da série de quatro fotografias digitalmente manipuladas intituladas “Quimeras Antropofágicas” (2018) e 3) - a aplicação das metodologias, processos e resultados do projeto Etnografias do Olhar no Projeto Café Filosófico no Instituto Federal de São Paulo - Campus Hortolândia. Com resultados concretos o projeto se configura como espaço de legitimação da arte como metodologia de pesquisa, ensino e extensão colocando o estudante como protagonista das ações e definindo com criticidade, coerência e criatividade seus itinerários formativos na perspectiva de uma educação crítica, libertadora e emancipatória.